sexta-feira, 30 de maio de 2014

Roteiro Grécia e Turquia


Quando começamos a pensar neste roteiro, muitas possibilidades surgiram. Começamos a estudar as principais alternativas, caminhos, formas de conjugar os dois países. A Grécia obviamente apresenta um mar (sem trocadilhos) de possibilidades e combinações. São inúmeras ilhas, todas muito interessantes, belíssimas. Na Turquia, a princípio, nós imaginávamos visitar apenas o essencial: Istambul e Capadócia. Mas bastou começar a pesquisa pra descobrir lugares repletos de história, cultura e beleza.

Começando as pesquisas, definindo a quantidade de dias que teríamos, fomos montando o roteiro. Dessa vez, emitiríamos as passagens por milhas. O que já acaba dando um norte, pois tudo ia depender do que o programa de milhagem nos disponibilizaria. Encontramos uma passagem de ida Rio – Paris – Atenas e de volta Istambul – Paris – Rio, que se encaixava perfeitamente no período que tínhamos disponível. Estava fechada então a entrada e a saída. Agora, era só criar o miolo de 19 dias.

Viajaríamos no finzinho de março – começo de abril. Início, bem início mesmo, da temporada na Grécia. Temporada essa que começa a “bombar” mesmo mais para os meses de maio e junho, atingindo o auge nos meses de verão, julho e agosto, esticando até setembro/outubro. Viajar em abril teria suas vantagens: ilhas mais vazias, hotéis mais baratos, etc. No entanto, algumas desvantagens também: o número de voos e ferries entre as ilhas é bem menor, o calor ainda não está no auge pra quem quer curtir praia o dia inteiro, e há quem prefira as ilhas e cidadezinhas mais agitadas. Pra gente, estava ótimo desse jeito. A ideia era uma viagem mais contemplativa mesmo.

Dentre as muitas ilhas possíveis, decidimos escolher três. Como seria nossa primeira visita à Grécia, decidimos começar pelas duas mais famosas. Nosso roteiro teria certamente as ilhas de Mykonos e Santorini, que fazem parte do grupo de ilhas chamado de Cíclades, destino dos mais procurados por turistas que visitam a Grécia. Estas ilhas vulcânicas com casinhas caiadas de branco, igrejinhas com domo azul, moinhos de vento, casinhas penduradas na encosta etc, remontam a tudo que a gente imagina quando pensa em ilhas gregas. Além dessas, incluiríamos a ilha de Rodes, uma ilha do grupo das Ilhas do Dodecaneso, famosa por (acreditar-se) ter abrigado uma das sete maravilhas do mundo antigo: O Colosso de Rodes. Mas nem foi por isso que decidimos ir. Um casal de amigos havia visitado a ilha, havia pouco tempo, e ficaram encantados com um lugarejo da ilha, chamado Lindos, que abriga uma acrópole e uma vila de casinhas brancas entre esta acrópole e uma baia de mar azul inacreditável. Bom, finalmente, estávamos definidos em relação ao que ver nessa primeira viagem à Grécia. Além das ilhas, ficaríamos também em Atenas por um curto período. É óbvio que tantas outras possibilidades e combinações seriam viáveis. Bom, por isso, a Grécia é sempre um lugar para voltar. De uma próxima vez, pensamos em incluir a ilha de Creta, algumas partes da Grécia continental, um cruzeiro para voltar a Mykonos, Santorini e outras ilhas das Cíclades, as Ilhas Jônicas, enfim, tem é coisa pra se fazer e ver por lá.

Continuando então na definição do roteiro, seguiríamos para a Turquia. Inicialmente pensamos em entrar na Turquia, a partir de Rodes, pois a ilha está muito próxima de algumas cidades turcas no litoral do mar Egeu, como Marmaris e Bodrum. No entanto, como estaríamos no início da temporada, a oferta de ferries entre as localidades ainda era muito escassa. Difícil encaixar as saídas dos barcos nas datas exatas que tínhamos disponíveis. Sendo assim, acabei encontrando um voo que saia de Santorini para Istambul (via Atenas). Desta forma, então, deixaríamos a Grécia em direção à Turquia. Como a saída da Turquia ao fim de nosso roteiro seria por Istambul, e a chegada em Istambul desde Santorini seria no fim da tarde, ou seja, já perderíamos este dia de qualquer maneira, decidimos comprar uma passagem e seguir de uma vez para a Capadócia. Este seria o nosso dia de aeroporto. Foi a melhor opção. Entre as muitas possibilidades na Turquia, decidimos por fazer alguns sítios mais conhecidos. Da Capadócia seguiríamos para o aeroporto de Izmir, rumo a Kusadasi, balneário próximo a cidade antiga de Éfeso. Um destino bastante comum desde Kusadasi, além de Éfeso, são as famosas montanhas de calcário e a cidade antiga de Hierápolis em Pamukkale. De Pamukkale, seguiríamos para Istambul, desde o aeroporto de Denizli. Istambul, seria o destino final do roteiro da Grécia e Turquia. Como o voo de volta passaria por Paris, não resistimos e incluímos duas noites na Cidade Luz, novamente, antes de retornar ao Rio.

Quando começamos a pensar em viagens à Grécia sempre vem à mente fazer um Cruzeiro pelas Ilhas, ou ao menos seguir de barco entre elas. No entanto, depois de avaliar bem, achamos melhor fazer os trajetos entre as ilhas de avião. Pode parecer lindo, maravilhoso, viajar de ferry boat pelas ilhas gregas, porém, as distâncias são razoavelmente grandes, para as ilhas que escolhemos, algumas viagens poderiam levar horas, podendo chegar de madrugada nos portos. Em alguns casos, como Santorini, por exemplo, o porto é embaixo e os hotéis lá em cima do morro... Subir com malas (ainda que de teleférico), arrastar malas pelas ruelas, etc. Realidade mais dura do que o sonho. Os voos entre as ilhas duram menos de uma hora, são razoavelmente baratos, você pode alugar o carro no próprio aeroporto, quando for necessário etc. A única desvantagem é que sempre tem de fazer conexão em Atenas, o que também não é a pior coisa do mundo.

As distâncias na Turquia não são tão triviais também. Algumas rotas podem ser feitas por ônibus durante a noite ou de carro. Também preferimos fazer os trajetos maiores de avião. Pesquisamos os aeroportos possíveis em cada região. Em alguns casos, saímos do trivial oferecido por agências de viagem. Daí a vantagem de ser fazer as coisas por conta própria. Vou detalhando isso a medida que for descrevendo o roteiro. Na Turquia, saindo um pouco do que costumamos fazer, achamos melhor contratar passeios e transferes com uma agência local (www.efenditravel.com). Negociamos tudo pela internet. Deu tudo muito certo. Preferimos escolher os hotéis e voos por nossa conta e passar as informações para a agência, mas havia também a possibilidade de fechar tudo com eles. Na verdade, trata-se de um serviço de agente de viagens, que organiza os roteiros e contrata agências em cada localidade. Nosso contato foi com o (ou a) Gökay Eskizambak (info@efenditravel.com), que foi uma pessoa muito atenciosa e disponível sempre.

Como de costume, eu prefiro fazer as buscas de voos em sites de busca como www.decolar.com; www.skyscanner.com; www.bestday.com; Para mim, eles funcionam como site de busca mesmo. Pois no fim das contas, acabo comprando as passagens diretamente nos sites das companhias áreas mais baratas indicadas nos sites de buscas.

Os voos da Grécia, fizemos todos pela Aegean Airlines e os da Turquia pela Turkish Airlines. Os voos entre as ilhas gregas, às vezes, são operados pela Olympic Air Flights, outra companhia aérea local na Grécia. Os aviões geralmente são bem menores. É preciso ter cuidado com o tamanho da bagagem de mão. Os aviões da Turkish são excelentes, espaçosos, com bom serviço de bordo, etc. Há outras companhias aéreas na Turquia, mas no nosso caso, os voos da Turkish foram os mais em conta e os que mais bem se adequaram ao nosso roteiro. O resto é rezar para que não haja muitas mudanças nos voos, pois isso pode causar problemas quando o roteiro está todo encaixadinho. Demos muita sorte. As poucas mudanças que tivemos ocorreram ainda no Brasil e só precisamos fazer poucas alterações no roteiro.

Após muita pesquisa, o quebra-cabeças foi montado, principalmente em função da oferta de voos e das distâncias que seriam percorridas de carro. Nosso roteiro para essa primeira viagem à Grécia e Turquia ficou assim:

Dia 1 – Atenas (Chegada no início da tarde de voo vindo de Paris)
Dia 2 – Atenas – Mykonos (Voo para Mykonos no início da noite)
Dia 3 – Mykonos
Dia 4 – Mykonos
Dia 5 – Mykonos – Rodes (Voo pela manhã)
Dia 6 – Rodes
Dia 7 – Rodes – Santorini (Voo pela manhã)
Dia 8 – Santorini
Dia 9 – Santorini
Dia 10 – Santorini – Istambul – Capadócia
Dia 11 – Capadócia
Dia 12 – Capadócia – Kusadasi (Voo fim do dia para Izmir)
Dia 13 – Kusadasi – Efeso – Kusadasi
Dia 14 – Kusadasi – Pamukkale – Istambul (Voo fim do dia desde Denizli)
Dia 15 – Istambul
Dia 16 – Istambul
Dia 17 – Istambul
Dia 18 – Istambul Paris (voo no início da noite)
Dia 19 – Paris
Dia 20 – Paris – Rio (Voo Noturno)


Aguarde novos posts com o detalhamento do roteiro!!!


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Viajar é preciso...


Muralhas de Lucca  (Itália - outubro de 2010)
De verdade, pode parecer papo de viajante, mas não há coisa melhor no mundo do que viajar. Viajar nos proporciona conhecer novas paisagens, novas culturas, pessoas, costumes etc. A simples decisão de ir já tem em si uma simbologia importante, ao meu ver. O sair da rotina já é um movimento interessante. Como muitos já disseram por aí, viajar nos faz mais ricos. Sim, desde que comecei a me aventurar por tantos lugares especiais e diferentes, é incrível a quantidade de informação que vamos acumulando e o quanto essas histórias, experiências, lembranças etc vão nos modificando, abrindo nossas mentes, nos fazendo mais sensíveis à diversidade, ao respeito ao ser humano e suas diferentes formas e expressões culturais. Desde algum tempo, a sensação que tenho é que vivo pra viajar. Que a vida passou a ter mais sentido com a perspectiva de poder ir mais uma vez. O intervalo entre uma viagem e outra só é possível pela certeza de uma nova aventura.
Porém, de forma meio paradoxal, o ir dá um sentido ainda mais especial ao voltar. O melhor de ir é poder voltar. Voltar ao seu país, a sua cidade, a sua casa, a sua família, aos seus amigos. Ou seja, voltar à rotina. Este exercício de ir e voltar tem trazido pra mim o equilíbrio tão importante para dias mais felizes.
E como o viajar vai muito além do preparar as malas e partir, já que a viagem se amplia a medida que incluímos nela toda a fase de planejamento, as fotos, as reuniões com os amigos no retorno para mostras as fotos, contar os detalhes, as experiências, os fatos marcantes, emocionantes, engraçados, etc, decidir organizar nesse espaço as aventuradas já vividas, compartilhando todas as etapas do processo: o planejamento dos roteiros, escolha e reserva de hotéis, compra de passagens, tíquetes, etc, a realização dos planos, as frustrações e surpresas, as fotos, as histórias e desenrolar do que uma viagem pode nos proporcionar.
Espero assim poder contribuir com informações úteis, dicas de experiências já vividas e assim retribuir às pessoas o tanto que também me alimento das experiências e relatos de outros viajantes antes de eu mesmo experimentar as minhas aventuras.
Então, se alguém perguntar por mim, diz que viajei por aí.